<body>


INFOMATION
.LisandraMoraes

Há quem diga que ela não passe de um monte de palavras. Há quem espere dela um monte de atitudes. Há quem a não conheça, há quem finja não conhecer. Há quem a siga, há quem se afaste. Há quem a abrace a há quem a faça chorar… Ela chora por não saber como dizer E escreve por não saber como chorar. Ela descreve o que não é E aposta no errado. Vive entre fases E te vicia lentamente. A abstinência te assusta, mas isso a diverte


TAGBOARD
hear your voice, baby.


AFFILIATES
Depois dos Quinze Beyound the obvious Mastonde By Garotas Just Lia Unha bonita
ARCHIVES
  • maio 2009
  • junho 2009
  • julho 2009
  • agosto 2009
  • setembro 2009
  • fevereiro 2010
  • março 2010
  • abril 2010
  • maio 2010
  • julho 2010


  • Date / Time : domingo, 28 de junho de 2009 / domingo, junho 28, 2009

    Você é não. Você não é tudo pra mim. Não é minha única causa nem minha única guerra. Seu nome não é o título da minha história. E meu silêncio não é propriedade exclusiva sua. Você não é meu único Carnaval. E não são apenas seus defeitos que me irritam. Não sou monoteísta para adorar um único deus. E não imagine que sua mão estaria sozinha para me socorrer. Meu vocabulário não se limita a seus adjetivos - existem mais sete maravilhas no mundo além de você. Não são só suas sardas que tenho para contar. Você não é minha única adrenalina. E nem todos os componentes do meu Prozac. Você não é cada centímetro quadrado do meu chão. O amanhã acontecerá com ou sem você. Meu interesse não é restrito a suas polêmicas. Não só suas piadas me fazem rir. E seus ouvidos não são os cúmplices de todas as minhas confissões. Você é só uma das minhas vozes. Minha conta telefônica não vem obsessivamente com o seu número e no meu Ipod existem 6784 músicas além da nossa. Quando olho para o meu umbigo, não é você que vejo. Sua tristeza não é a única que me comove. E as pernas que me sustentam não são você. Não sou teleguiada, conheço muitos outros endereços além da sua casa. Seria prepotência achar que meus pensamentos são monopólio seu, você é só um dos sótãos em que me escondo. Você não é meu único álibi. Existem outras pessoas das quais também espero perdão. Você não é um compromisso onipresente na minha agenda. Outros elementos também compõem minhas fotos. Você sozinho não mata minha fome. E não sejamos hipócritas: há outras peles que me excitam e outros perfumes no ar além do seu. Você não é o único com 36,5Cº. Você não é meu único vício. E por não ser tudo isso, por ser uma entre tantas alternativas, você é meu não a todas as outras. Você é a escolha. Aquela a quem eu sou devota não por dever ou coerção. Meu sim a você é um exercício de livre-arbítrio praticado segundo a segundo. Sim a um contrato sentimental que nada distingue, separa, sobrepõe ou submete.
    Sim a uma política de boa convivência sem falsidades e sob todos os esforços. Sim àquele que me desperta a curiosidade de uma aprendiz e faz de mim um embrião a multiplicar e ser, a cada dia, uma nova pessoa e também a mesma. Sim a quem, quando me vejo na velhice, ainda espero ter para conversar. Um sentimento que existe não por dependência e nunca usado como moeda de troca. Peça fundamental do meu caos. Você é aquele por quem me arrisco a cruzar todos os limites da comodidade para tentar ser melhor. Você é aquilo que me falta dia a dia, que desejo e persigo. Obra em aberto que me inquieta e me encanta. Mas hoje você é não. Essas três letras saídas da sua boca ecoam em mim. E me dilaceram. Palavra que outras vezes já ouvi e só provou que sou capaz de sofrer mais, como também de um amor ainda maior. Negativa à qual, a partir de agora, você se resume pra mim. Porque, se você é não, eu sou sim ao que me espera.

    Ao meu caderno usado...
    Date / Time : sábado, 27 de junho de 2009 / sábado, junho 27, 2009

    Há tempos eu tentava escrever algo em você, mais eu resolvi escrever sobre você. Você caderno usado, que ainda tem várias folhas em branco por conta das atividades que eu não fiz em você. Mas isso agora já não é nada, o que importa são as inúmeras coisas que passamos juntos. Todas as vezes que eu estava louca de amor e vim expor para você todos os meus sentimentos através daquelas cartinhas ridículas que depois que toda aquela paixão passava, eu vinha ler e me envergonhava de mim mesma, então, acabava arrancando aquela folha, que era uma página da minha vida, e uma parte de você.
    Peço desculpas, pois você não merecia pagar pelos meus erros. Mas enfim, não foram só cartinhas que escrevi em você, também tem aquelas músicas que ninguém nunca viu, e aquelas frases filosóficas em meus momentos Sócrates. Se eu for contar tudo o que passamos juntos, usarei inúmeras folhas suas, mas caderno eu só quero te agradecer por todas as vezes que me acompanhou, por todas as vezes que me deixou riscar você todinho, e pelas outras que ficou aberto para que eu expusesse para você todos os meus sentimentos, quero que me perdoe pelas partes de você que eu arranquei, e pelas lágrimas que derramei em você te molhando.
    E como todas as declarações acabam com promessas, vou te prometer quê: Você sempre terá seu lugar reservado em minha cama, e quando você não tiver mais lugares vazios, te guardarei. Pois você não é só um caderno usado, você é o meu companheiro, meu confidente, meu caderno.

    Tempestade em alto mar
    Date / Time : / sábado, junho 27, 2009

    Falsas promessas andam assombrando-me novamente.
    Coisas que me prometi e que eu mesma as quebrei.
    Como nunca mais desperdiçar lágrimas por outro alguém que te quer bem,mas que não te quer.
    Talvez seja bem pior do que uma pessoa simplesmente não te querer,não estar nem aí pra ti. Mas esta que cito, com um nó na garganta, se preocupa comigo.
    É como se eu estivesse sentada à beira do mar, esperando sua mensagem dentro da garrafa, que determinará o resto de minha vida...mas sei que esta nunca chegará, ou pelo menos que as ondas nunca vão a trazer pro meu destino.
    Resta eu colocar os pés na areia, fazer minha jangada e lançá-la em alto-mar,sem remos,sem nada.
    Apenas encarando a linha do horizonte em que o sol teima em se esconder pra nada mais eu enxergar.
    É uma viagem cega, deixo que a natureza divina se encarregue de me levar, e sei que vou parar em uma daquelas ilhas desertas.
    Chegarei à um destino incerto, ainda sem minhas respostas, e mais perdida do que nunca.
    Espero que eu possa sobreviver aqui, sem mensagens engarrafadas, eu e meus pensamentos um tanto angustiados.
    Não armarei uma casa de bambus, não comerei peixe e coco, apenas viverei e me alimentarei de incertezas, esperando que as águas sumam com o que me faz te esperar.

    Ingrid Bethencourt
    Date / Time : / sábado, junho 27, 2009

    Vocês pensam que vão sair daqui,e viver uma vida normal lá fora? Estão todas enganadas. Quando sairem daqui, vocês não vão passar de lixo pra eles lá fora.
    Foi essas as últimas palavras de Ingrid para suas companheiras de cela. Em seguida voltou para sua cela e começou a escrever.


    Dia 12 de novembro de 2003.

    Olá, meu nome é Ingrid. Ingrid Bethencourt. Escrevo essa carta para que todos saibam que não fui uma mulher qualquer.
    Nasci e fui criada no interior de Santa Catarina, em uma cidadezinha não muito conhecida, chamanda Herval. Quando pequena ficava fascinada quando via meus pais matarem porcos, eles os matavam à facadas, para não estragar a carne. Com oito anos pedi ao meu pai que me deixasse ajudar a matar os porcos. Só que ele dizia que eu era nova demais pra isso. Resolvi então matar meu cachorro da mesma forma, só para sentir a sensação. Peguei uma faca bem afiada na cozinha e e pus na janela pra encontra-lô. Fui para fora,chamei-o, e ele veio correndo. Peguei ele no colo e levei-o para o mato, onde meus pais não visse-nos. E me pus a matar o cachorro a facadas, sem cerimonias. Senti um prazer enorme em fazer aquilo.
    Meus pais me mimavam muito, me davam tudo que eu queria. Aos dezesseis anos, eu pedi um computador novo para minha mãe. Mas nossa família estava passando por dificuldades, e ela não podia me dar o computador novo naquele momento. Mas eu não entendia isso. Esperei meu pai ir caçar,e logo que ele saiu. Peguei uma faca e matei-á. Depois sai berrando atrás do meu pai dizendo que já tinha encontrado ela desse jeito na cozinha. Nem as policias, nunca souberam descobrir quem a matou. Meu pai sofreu muito com a morte dela, mas eu não.
    Quando completei dezoito anos eu queria um carro, mas com a morte da minha mãe e mais a dificuldades que estavam passando naquela época. Meu pai entrou em depressão e perdeu quase tudo. Ele nã tinha condições de me dar um carro, mas eu ja estava ambiciosa demais. Achei que com ele morto, eu ficaria com todo o dinheiro deles.
    Troquei seus remédios por veneno. E naquela mesma noite ele morreu. E eu estava feliz.
    Vendi o sítio, me mudei para a cidade grande, e conheci várias pessoas. Uma delas foi Bruno, um caso sem importancia. Quando conheci-o, ele me disse que era rico e tinha uma grande empresa. Com o tempo começamos a namorar. Com dois meses de namoro ele conseguiu roubar todo o meu dinheiro. Fui atrás dele, na tal empresa, e decobri que ele era apenas o faxineiro. Na volta, por mera coincidência do destino eu o encontrei. Sentado em um ponto de ônibus. Convenci-o de que não estava brava com ele, e o levei para seu apartamento. E ali mesmo o matei a facadas. "Ahh, que prazer eu sentir em fazer isso".
    Mas eu estava sem nenhum dinheiro, e agora? Resolvi assaltar uma jovem que estava passando, mas ela correu e gritou, e logo apareceram policiais e me pegaram. "Olha como são competentes nossos policiais". Fui julgada e presa, por um misero assalto que não deu certo.
    E hoje estou aqui, mas não é aqui que eu pretendo ficar. E por isso hoje estou me matando.

    Dinossauros x Amor
    Date / Time : / sábado, junho 27, 2009

    Há milhões de anos eles habitaram a Terra. Répteis imensos e terríveis, os dinossauros dominaram o mundo por anos e julgavam-se superiores a tudo. Mas, não eram. Evoluíram tanto que começaram a ter sentimentos. Então, tudo mudou. Os dinossauros se apaixonaram e deixaram de lutar pela sobrivência da espécie para lutar pelo amor. Esqueceram a caça, esqueceram as crias e só queriam saber de amor.
    A velha Triceratops viu o companheiro morrer e sua vida perder o sentido. Nasceu a saudade. O Braquiossauro se apaixonou pelo Pterodáctilo e por mais alto que seu pescoço fosse nunca alcançava o tão alto que ia quem amava. Nasceu a incompatibilidade. O Pterodáctilo, inconformado, saiu voando, voando, sem nunca voltar, tentando entender o amor. Nasceu a dúvida e a solidão. O Hadrossauro se apaixonou pela amiga, mas ela não sentia o mesmo por ele. Nasceu o amor não correspondido. O Oviráptor cansou de roubar ovos e resolveu roubar o amor de outros dinossauros. Nasceu a traição. O Velociráptor traído correu por toda a Terra tentando alcançar o amor perdido. Nasceu a dor. O Tiranossauro Rex se apaixonou por outro macho, mas sua família o devorou ao descobrir que era gay. Nasceu o preconceito. O Estegossauro acreditou quando seu amor disse que voltaria e ficou no mesmo lugar esperando ele voltar. Nasceu o abandono. O amor nasceu do nada e morreu por tudo.
    Assim, cada um com sua dor, os dinossauros amaram. Amaram tanto que esqueceram de tudo. E não, os dinossauros não morreram de frio, de uma explosão, muito menos por qualquer outra explicação inventada. Na verdade, os dinossauros morreram foi de amor.

    À procura do seu melhor
    Date / Time : sábado, 20 de junho de 2009 / sábado, junho 20, 2009

    Quando a gente não tem uma pequena almofada de veludo para acomodar nela todos os sentimentos que julgamos ser bons, o "melhor de nós", aquele brinquedinho que é tão brilhante que a gente esconde de quase todo mundo, porque é bonito demais, nós acabamos levando tudo na mão, dentro de um daquinho de pano ou de um recipiente qualquer. O tempo passa e tu enches o saco de ficar segurando aquilo, quase se esquecendo do quão bonito é aquele brinquedinho, e chega até a esquecê-lo de vez. Tu esqueces porque tu não abres esse saquinho há tanto tempo que acabas por esquecer-se completamente do que há lá dentro. São muitas as distrações...
    Tu começas a deixar ele no chão.Em qualquer canto, em qualquer lugar. Tu perdes, até que o encontras, sem querer, no meio das tuas roupas. Aí tu o perdes de novo. Tu esqueces que um dia teve esse brinquedinho, esqueces a serventia dele. Aí sim...
    Aí que chega o ALGUÉM. Nada nesse mundo te faria acreditar que existiria alguém assim, tão... tão... bom. Tu vais ao cinema, ver um filme qualquer junto dessa pessoa, um Almodóvar da vida, que seja. Tudo se torna tão especial, fica tão cheio de significados que você se entusiasma. "Eu te daria o mundo, agora, se eu conseguisse". "Não precisa me dar o mundo, me dá qualquer coisa brilhante, um brinquedinho". Tu tateias os bolsos. Moedas, palhetas, notas ficais, preservativos e cartões de visita. Tu perdeste o brinquedinho. Não adiante procurar, também. Esse é o tipo de coisa que, quando a gente encontra, a gente não devolve. Não tem dono, não tem nada escrito. Faz parte do mundo e tem um pouco do melhor que há em cada um de nós.
    E brilha.

    (Texto original: Lucas Silveira (vocal da Fresno Alguemas alteirações feitas por mim).